terça-feira, dezembro 3, 2024

Novo método de terapia fotodinâmica pode erradicar o melanoma ocular, diz estudo

Testes inéditos feitos com camundongos abrem caminho para um tratamento direcionado e minimamente invasivo da doença no futuro

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), e colaboradores da University of Toronto e Princess Margaret Cancer Center, do Canadá, reportaram pela primeira vez o uso eficaz de um tipo específico de fototerapia para erradicar o melanoma ocular em camundongos. Baseada em laser pulsado, a técnica envolve a aplicação de uma grande quantidade de luz por um curto período de tempo para a ativação de um fármaco.

O estudo, publicado recentemente no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, abre caminho para um possível tratamento futuro menos drástico para a doença. As estratégias atuais apresentam baixa efetividade e envolvem, em muitos casos, radiação ionizante e remoção do olho afetado do paciente.

Técnica já utilizada no tratamento do carcinoma basocelular (tipo mais comum de cancêr de pele), a terapia fotodinâmica envolve o uso da luz para a ativação de fármacos, em condições adequadas de radiação e na presença de oxigênio (todas as células – de câncer ou normais – precisam do oxigênio para realizar suas funções metabólicas). O melanoma, um dos tipos de câncer mais agressivos, no entanto, tem se mostrado um desafio, por conta da melanina, um pigmento escuro que compete com o medicamento fotossensibilizador pela absorção da luz.

Outra dificuldade é que biomoléculas como a melanina fazem com que os fótons (partículas que compõem a luz) mudem sua direção de propagação e se espalhem. Dessa forma, poucos vão verdadeiramente ser transmitidos e atingir tecidos mais profundos.

Para otimizar a resposta da terapia fotodinâmica nos melanomas cutâneos, esse mesmo grupo de pesquisa já havia testado com sucesso a associação com agentes clareadores ópticos, que modificam as propriedades ópticas do tumor previamente, permitindo maior penetração da luz. Neste estudo, financiado pela FAPESP, foi a vez de testar uma estratégia eficaz para os melanomas oculares, que impõem ainda mais dificuldade de tratamento por sua localização.

Testes inéditos feitos com camundongos abrem caminho para um tratamento direcionado e minimamente invasivo da doença no futuro

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), e colaboradores da University of Toronto e Princess Margaret Cancer Center, do Canadá, reportaram pela primeira vez o uso eficaz de um tipo específico de fototerapia para erradicar o melanoma ocular em camundongos. Baseada em laser pulsado, a técnica envolve a aplicação de uma grande quantidade de luz por um curto período de tempo para a ativação de um fármaco.

O estudo, publicado recentemente no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, abre caminho para um possível tratamento futuro menos drástico para a doença. As estratégias atuais apresentam baixa efetividade e envolvem, em muitos casos, radiação ionizante e remoção do olho afetado do paciente.

Técnica já utilizada no tratamento do carcinoma basocelular (tipo mais comum de cancêr de pele), a terapia fotodinâmica envolve o uso da luz para a ativação de fármacos, em condições adequadas de radiação e na presença de oxigênio (todas as células – de câncer ou normais – precisam do oxigênio para realizar suas funções metabólicas). O melanoma, um dos tipos de câncer mais agressivos, no entanto, tem se mostrado um desafio, por conta da melanina, um pigmento escuro que compete com o medicamento fotossensibilizador pela absorção da luz.

Outra dificuldade é que biomoléculas como a melanina fazem com que os fótons (partículas que compõem a luz) mudem sua direção de propagação e se espalhem. Dessa forma, poucos vão verdadeiramente ser transmitidos e atingir tecidos mais profundos.

Para otimizar a resposta da terapia fotodinâmica nos melanomas cutâneos, esse mesmo grupo de pesquisa já havia testado com sucesso a associação com agentes clareadores ópticos, que modificam as propriedades ópticas do tumor previamente, permitindo maior penetração da luz. Neste estudo, financiado pela FAPESP, foi a vez de testar uma estratégia eficaz para os melanomas oculares, que impõem ainda mais dificuldade de tratamento por sua localização.

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